PSD, base de Dilma, declara apoio a Aécio Neves em Minas



O PSD de Minas Gerais declarou apoio ao pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro dasComunicações (governo FHC), Pimenta da Veiga. Em evento na sede regional do partido em Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (13), os sete deputados federais e seis deputados estaduais da legenda no Estado fecharam o apoio ao candidato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais.

Com a adesão, o tucano amplia seu tempo nas propagandas eleitorais de rádio e TV em 1m52s. A bancada federal do PSD mineiro, juntamente com a paulista que tem também sete deputados federais, é a maior representação estadual da legenda na Câmara dos Deputados.

Nas eleições municipais de 2012, em Belo Horizonte, o partido ficou dividido entre o candidato petista Patrus Ananias, que acabou derrotado, e o candidato à reeleição Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo grupo político de Aécio Neves.

Pimenta da Veiga afirmou que o apoio recebido do PSD mineiro pode facilitar as conversas para a adesão da legenda ao candidato tucano à Presidência da República. “É evidente que isso seria uma evoluçãonatural. Mas temos de fazer um trabalho mais amplo para esse apoio à candidatura de Aécio”, afirmou.

“Há uma tendência definida [com o apoio ao candidato tucano em Minas Gerais] que possamos caminhar juntos com Aécio [Neves]“, afirmou o secretário-geral do PSD em Belo Horizonte e em Minas Gerais, deputado federal Alexandre Silveira. Ele é secretário de Saúde do governador mineiro Antônio Anastasia (PSDB) e liderou o apoio aos tucanos nas eleições de 2012 municipal.

“Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Estamos apenas anunciando apoio [a Pimenta da Veiga] ao governo de Minas Gerais”, afirmou o presidente do PSD de Belo Horizonte e Minas Gerais, Paulo Safady Simão, que liderou o apoio ao candidato petista à Prefeitura da capital mineira em 2012.

Declararam apoio a Pimenta da Veiga durante o evento os deputados federais do PSD mineiro Diego Andrade, Geraldo Thadeu, Jaime Martins, João Humberto, Marcos Montes, Walter Tosta, além de Alexandre da Silveira, e os deputados estaduais Cássio Soares, Doutor Wilson, Duarte Bechir, Fabio Cherem, Hélio Gomes e Neider Moreira.

A guerra dos dois minutos
Nas eleições municipais de 2012, em Belo Horizonte, o PSD mineiro rachou ao meio. Com o rompimento da aliança entre PT e PSD, após o prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, ter voltado atrás em sua promessa de aliar-se também nas eleições proporcionais (para vereadores) aos petistas, foi lançada a candidatura do ex-prefeito Patrus Ananias (PT).

Chamado pela presidente Dilma Rousseff para uma conversa no Palácio do Planalto, o então prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi pressionado a intervir no partido em Minas Gerais.

“Fui incitado pelo governo federal a caminhar com o Patrus em Belo Horizonte, depois desse rompimento. Preciso da compreensão de vocês, precisamos dar um gesto ao Palácio do Planalto”, afirmou Kassab à bancada mineira da legenda na Câmara dos Deputados, logo após o encontro com Dilma.

A intervenção de Kassab, porém, fez com que a disputa rachasse o partido no Estado. Cinco deputados federais da legenda optaram em apoiar a candidatura petista de Patrus Ananias. Eles foram liderados pelo presidente municipal e estadual da legenda Paulo Safady Simão.

Outros seis deputados estaduais, liderados pelo deputado federal Alexandre Silveira, secretário-geral do PSD na capital e no Estado, entretanto, conseguiram vencer na Justiça a questão. O caso terminou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que validou a convenção realizada antes da intervenção e que havia decidido pelo apoio à reeleição do socialista.

Os seis deputados federais da legenda, que seguiram as orientações da direção nacional, subiram no palanque petista. Os outros seis deputados estaduais e os dois federais, porém, além do apoio político à reeleição de Lacerda, garantiram à chapa socialista mais dois minutos de propaganda eleitoral no rádio e TV, que o partido tinha direito. E venceram o pleito.
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