Ética na campanha: 7x1 não será usado por Aécio



7 x 1 não será usado por Aécio

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Brasília. Com o fim da Copa do Mundo, o candidato a presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), vai dividir seu comportamento em dois. De imediato, se portará como torcedor frustrado, mas aguerrido, quando falar do que houve dentro dos gramados. Passado o “luto profundo”, vai retomando sua pauta preferida de campanha eleitoral, que são os problemas econômicos do Brasil e como eles afetam o dia-a-dia da população.


Há ainda a avaliação de que a saída humilhante da seleção brasileira do torneio acabou revertendo as expectativas dos oposicionistas e se tornou um antídoto para protegê-los das tentativas da presidente Dilma Rousseff de vincular sua gestão política ao sucesso do mundial, como ela tentou fazer especialmente na última semana. Apesar disso, está definido que a derrota de 7x1 para a Alemanha não será explorada como tema de campanha.


A ideia é, quando falar do campeonato, creditar o sucesso extra-campo ao povo brasileiro, e não ao governo, e insistir que o legado da Copa poderia ter sido muito melhor se o governo tivesse entregado as dezenas de obras previstas. Mas os estrategistas não acreditam que as discussões sobre o tema sobrevivam até outubro, mês das eleições.


Enquanto não passar a euforia, os agentes políticos do PSDB estarão pisando em ovos nos próximos dias para não deixar escapar frases infelizes que possam ferir o fragilizado torcedor/eleitor e serem exploradas nos programas eleitorais de TV pela situação, que já acusa seus opositores de serem “pessimistas” e “urubus”.


Ontem, Aécio se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e apoiadores de Santa Catarina.