Pimenta aposta nos indecisos



Pimenta aposta nos indecisos
Candidato tucano ao governo acredita que a definição dos eleitores vai levá-lo à vitória

Daniel Camargos

O candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, acredita que os eleitores indecisos podem fazer a diferença e levá-lo ao segundo turno. “Imaginamos que, com as definições, que ocorrerão quando as eleições ficarem mais próximas, nós colocaremos uma boa frente”, disse, na manhã de ontem, em encontro com sócios e diretores do Minas Tênis Clube, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Outra expectativa do tucano, que segue atrás do candidato petista Fernando Pimentel nas pesquisas de intenção de voto, é de que as denúncias envolvendo pagamento de propina na Petrobras para políticos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) possam tirar votos do PT e beneficiá-lo. “É a maior denúncia de corrupção e isso produzirá algum efeito. Não sei medir qual”, avalia Pimenta.

Pimenta da Veiga respondeu a perguntas de uma plateia formada por cerca de 50 pessoas e tentou detalhar alguns pontos de seu programa sobre incentivo ao esporte. “Vou expandir a escola integral, em que o esporte tem papel dominante”, prometeu o candidato. Outra proposta feita pelo tucano foi a de firmar parcerias com os clubes. Ele citou como exemplo o Minas Tênis Clube, com concessão de bolsas para atletas e técnicos. “A disposição é incentivar todas as modalidades e a formação de atletas”, afirmou.

Questionado sobre como Minas Gerais poderia se beneficiar das Olimpíadas, que serão realizadas no Rio de Janeiro, em 2016, o tucano lamentou que o Brasil, na análise dele, perdeu o bom conceito internacional que tinha quando terminou o governo de seu correligionário, Fernando Henrique Cardoso, em 2002. Pimenta fez prognóstico cauteloso sobre a participação dos atletas brasileiros.
“Não sei se vamos conseguir nas Olimpíadas os resultados que queremos”, afirmou.

Pimenta criticou a política externa do atual governo dizendo que o país preferiu se aliar a “países como Bolívia, Paraguai e Venezuela”. Em uma crítica aos 12 anos de governo petista, nas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma, candidata à reeleição. O tucano avaliou ser pouco provável que o Brasil volte ao conceito que tinha e passe a imagem de que está se organizando.

COPASA Ao ser perguntado sobre os problemas de abastecimento de água em Belo Horizonte – citados pelo candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel –, Pimenta disse que essa é uma questão para a Copasa responder. Diante da insistência de uma repórter, que quis saber se ele teria uma solução para o problema, Pimenta respondeu: “Se você tiver outra ideia...”
Fernando Pimentel não teve agenda de rua ontem. Segundo sua assessoria, ele passou o dia gravando cenas para o programa eleitoral na TV.